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Novo coordenador da Firjan Macaé: “a cidade vai viver uma nova fase de prosperidade”

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Gualter Scheles assumiu, no final do último mês, a coordenação da Comissão Municipal de Macaé da Firjan. O ErreJota Notícias – Costa do Sol conversou com o advogado, que falou das expectativas durante o mandato. No bate-papo, o coordenador falou sobre a economia de Macaé e o novo momento que a cidade vive. Confira a entrevista exclusiva:

ErreJota Costa do Sol: O senhor assume a Firjan em um novo momento de Macaé. Como enxerga a situação da cidade no momento?

Gualter Scheles: A cidade viveu um período muito baixo astral por conta da crise de 2015, mas estamos iniciando um novo ciclo virtuoso. Algumas bases foram plantadas para que possamos viver uma nova fase de prosperidade na cidade e região. Estou muito otimista com Macaé. Há muito trabalho a ser feito.

A Firjan tem, como um dos objetivos, promover o desenvolvimento econômico do estado. Como a nossa comissão está situada em Macaé, nosso objetivo é promover esse desenvolvimento da cidade e região. A gente atua ouvindo as demandas do empresariado e entidades parceiras, já que a atividade econômica depende da classe empresarial.

É observando essas demandas que a gente vai buscar, junto ao poder público, resolver essas demandas. Por exemplo: as atividades empresariais dependem de variáveis como infraestrutura (como o aeroporto, estradas, mobilidade urbana, transporte de qualidade, água, luz, etc).

O senhor falou em dialogar com as partes e que bases foram plantadas. Qual a diferença do atual momento para os anos anteriores e que vão possibilitar a retomada econômica de Macaé?

Falei na minha posse que o nosso objetivo, enquanto Firjan, é de continuar fazendo esse elo entre as partes, algo que já foi feito pelo Evandro Cunha, que me antecedeu, pelo Marcelo Merrel, que antecedeu o Evandro, mas são momentos diferentes. Cenários políticos e econômicos distintos. E eu acho que o cenário atual é muito propício, pois foram criadas condições para a gente crescer.

Aconteceram três coisas que dão essas condições: a lei que flexibilizou a regra da partilha dos campos do Pré-Sal (antes, a Petrobras tinha que estar presente em todas as operações, agora ficou permitido o leilão); a segunda são justamente esses leilões. A terceira foi o PROMAR, o Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos, que revitaliza os campos maduros. Às vezes, não interessa mais à Petrobras explorar esses campos. E a Firjan e a Abespetro atuam muito junto para que a Petrobras venda esses campos. Isso possibilita a chegada de novas empresas que vão contratar e girar a economia.

Macaé é conhecida como a Capital Nacional do Petróleo, mas o gás está surgindo com força. Como a Firjan vem acompanhando isso?

Macaé é uma cidade que era a capital do petróleo e, agora, está se transformando na capital da energia. É petróleo, gás, termelétrica… Precisamos potencializar isso, é a vocação da cidade, para produzir mais petróleo, mais gás, mais termelétricas, e para que a gente fomente ainda mais a atividade econômica da cidade. Esse é o nosso principal foco, mas não é o único. Podemos criar alternativas, como o turismo, mas não podemos esquecer a nossa vocação.

Quando você potencializa o gás, podem surgir derivados. Podemos atrair, por exemplo, a indústria petroquímica aqui para a região. Fertilizantes, plástico, tinta, dentre outros produtos. Será que a gente não pode, futuramente, ser um polo petroquímico também? O que é necessário fazer para chegar a esse patamar? Há um caminho a ser percorrido. Temos uma grande vocação, mas temos sempre que buscar caminhos alternativos porque há momentos de crise, momentos de dificuldade, e tudo na vida pode acabar.

O Aeroporto de Macaé é um instrumento fundamental de desenvolvimento. Como você entende a reestruturação dele para a retomada econômica de Macaé?

A concessão do aeroporto é muito recente, de 2019. A Zurich chegou há pouco tempo e logo em seguida veio a pandemia. A concessionária tem uma disposição de ouvir o setor empresarial. Passada a grande crise da pandemia (que tende a arrefecer porque a imunização está acontecendo), acho que tem muito a ser feito.

A primeira coisa que precisa ser estabelecida é um canal direto de conversação com o setor de óleo e gás. Acho que a Firjan pode ser esse elo. Esse setor de óleo e gás precisa muito desse aeroporto funcionando. Não é apenas a questão de voos comerciais, mas também os voos de helicópteros para as plataformas. Precisamos entender as demandas do setor de óleo e gás para que o aeroporto avance. Essas demandas precisam ser entendidas e atendidas pela Zurich. O turismo acaba vindo a reboque. Potencializando o óleo e gás, o turismo de negócios avança. Creio que o caminho seja esse.

Macaé tem um movimento associativista muito forte. Como é a interlocução com as demais instituições da cidade?

A conversa da Firjan com as demais instituições é muito boa. Sempre buscamos nos aproximar. Elas são convidadas mensalmente para participar das reuniões dos conselheiros da Firjan. Na minha posse, estavam os presidentes da Abespetro, Rede Petro, ACIM, Macaé CVB (cuja presidente também é conselheira na Firjan), e esse diálogo é fundamental. Daí surgiu o Repensar Macaé, um fórum de debates dessas instituições para formular políticas públicas que fomentem o desenvolvimento econômico e social da nossa região. Essa aproximação com as demais instituições é importantíssima e acontece na prática – como está acontecendo.

Qual o legado que espera deixar ao final da gestão?

O legado que quero deixar é a geração de empregos. Tem duas coisas que transformam a vida das pessoas: emprego, que traz dignidade, e educação – que não é a Firjan quem tem que fazer, mas podemos ajudar.

Qual a mensagem que deixa para a cidade?

A mesma que fiz no meu discurso de posse, uma frase de Abraham Lincoln: ‘Não fortalecerás os fracos se enfraquecerem os fortes, não ajudarás os assalariados se arruinares aqueles que os paga, não alimentarás a fraternidade se alimentares o ódio’. Ou seja, precisamos caminhar todos juntos. Desenvolvimento econômico gera desenvolvimento social. Empresário forte, funcionário forte. Uma empresa forte, um município forte. Sempre com espírito fraternal.

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