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Macaé e Campos se destacam na produção de energia solar

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O estado do Rio ocupa a sétima posição no ranking nacional de produção de energia solar- liderado por Minas Gerais -, com conexões presentes em todos os 92 municípios fluminenses.

Macaé é a sexta cidade do Estado que mais produz energia elétrica. Campos tem o segundo maior parque de usinas solares do estado, atrás apenas da capital: são 2.811 pontos de geração distribuída via luz solar – termo utilizado para designar quem produz energia elétrica no local de consumo ou próximo a ele -, contra 6.332 no Rio de Janeiro.

Itaperuna é o quarto com mais consumidores-geradores.

“Toda a região, por ser em grande parte uma planície, possui um grande potencial de exploração não só da energia solar, como também eólica. Essas iniciativas se somam às construções de termelétricas e a outros projetos em estudo pelo Porto do Açu, envolvendo fazendas eólicas offshore e plantas de hidrogênio que, ao lado do petróleo, poderão transformar a região a Capital da Energia do país”, afirma o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.

A especialista em Estudos Econômicos da Firjan, Tatiana Lauria, lista ainda uma série de benefícios não só por quem adota esse tipo de energia, como para todo o sistema elétrico do país.

“O primeiro benefício direto é ter uma energia mais estável e com maior confiabilidade, reduzindo os impactos das oscilações da rede. Além, claro, a economia, que para alguns setores industriais pode chegar de 20 a 30%. O consumidor ainda fica mais protegido da inflação, pois reduz o impacto dos reajustes tarifários das distribuidoras na sua conta de luz. Além disso, o micro e o mini gerador possuem isenção do ICMS para a parcela da tarifa até o limite da energia que foi injetada na rede. Sem contar os benefícios para todo o sistema elétrico, diminuindo a necessidade de novos investimentos na rede, o que reduz os custos de infraestrutura. Somam-se a isso os efeitos positivos por se tratar de uma energia limpa, com menores prejuízos à natureza”, pontuou Tatiana.

Medidas contra a crise hídrica e energética

Atualmente, o Senado discute a aprovação do Marco Regulatório da Energia Solar, medida que vai definir as regras do setor, criando um ambiente com maior segurança regulatória e mantendo o desconto sobre a tarifa do uso do fio para quem já tem o sistema até 2045. Para os novos, a cobrança das taxas será gradativa, a partir de 2023 e até 2029, quando todos os encargos deverão ser integralmente pagos.

Com isso, mantém-se a competitividade da energia solar, criando um ambiente de transição mais equilibrado e com estímulo ao crescimento das vendas. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que o número de instalação de painéis solares aumentou 70% no país no ano passado, em comparação com 2019. Ainda segundo a Absolar, o Brasil já o 14º maior gerador de energia solar do mundo: o conjunto de sistema fotovoltaico já representa mais de 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo e a maior da América Latina.

Em setembro, a Firjan e a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) divulgaram uma nota conjunta com 14 propostas para amenizar os efeitos provocados pela crise hídrica, considerada a maior dos últimos 91 anos. Entre elas estão iniciativas imediatas capazes de atenuar a crise, como melhorias nas condições de financiamento das linhas de crédito do BNDES dedicadas a ações de eficiência energética e, em especial, a aquisição de equipamentos para a autoprodução.

As federações temem impactos justamente num momento de retomada econômica, e em especial no fim do ano, quando a produção – e, consequentemente, o consumo de energia – chegam a patamares ainda mais elevados. De acordo com um estudo da Firjan, com base em dados de janeiro a outubro do ano passado, o estado do Rio continua tendo, disparado, a maior tarifa de energia elétrica para o setor industrial entre todos os estados da federação. Segundo dados da ANEEL, são, em média, R$ 1041,16 por hora de megawatt (MWh), enquanto o segundo lugar, por exemplo, que é Mato Grosso, que tem média de R$ 878,38 por MWh.

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