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Apesar das garantias, indústria de petróleo e gás segue apreensiva com reforma do Aeroporto de Macaé

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Lançado na última terça (11), o projeto de reforma do Aeroporto de Macaé segue preocupando as empresas que atuam com petróleo e gás. Ainda há o temor de que as atividades de voos offshore, principal demanda dos empreendimentos do setor, possam ser prejudicadas.

“Por conta das obras, pode haver – na nossa visão – uma interrupção do tráfego (ou, pelo menos, uma dificuldade em operar no meio de uma grande obra). Isso pode, eventualmente, deslocar cargas para outros aeroportos. Não está claro, para nós, esse planejamento, esse cronograma das obras”, comentou o Consultor de Relações Institucionais da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (ABESPetro), Gilson Coelho.

De acordo com Gilson, o novo projeto não contemplaria algumas necessidades do setor, principal cliente do aeroporto. “O que a indústria de óleo e gás espera é que o Aeroporto de Macaé seja um hub logístico para o setor, com armazens controlados, e isso não foi colocado no projeto – pode ser que até esteja previsto, mas não foi colocado. O que precisamos é de maior condição operacional, e isso não está claro”, pontuou.

“Conversamos com o gestor do Aeroporto e ele está a par das nossas preocupações”, completou o consultor.

Foto: Divulgação / Abespetro

Vale lembrar que é durante o período de obras que a demanda operacional no terminal pode aumentar. Trata-se de reflexo direto dos leilões realizados entre 2018 e 2019. “A reforma do aeroporto vai acontecer no momento em que a indústria de óleo e gás vai estar bem mais aquecida. Vamos ter mais gente voando e, no meio de uma grande obra, isso nos preocupa”, alertou.

O aeroporto é considerado de grande importância para a cadeia do óleo e gás, dada a estrutura que Macaé apresenta. Atualmente, bases de grandes empresas estão instaladas na cidade. A infraestrutura oferecida pelo município, que tem a segunda maior rede hoteleira do estado, gastronomia estruturada, dentre outros pontos, torna o aeroporto da Capital Nacional do Petróleo cada vez mais importante para a indústria.

“Nós temos as principais bases em Macaé, então o aeroporto segue sendo importantíssimo tanto para pousos e decolagens de helicópteros, aeronaves de passageiros (já que deslocamos profissionais com muita frequência), além do início de uma operação de transportes de cargas. Ter uma pista com capacidade para aviões de cargas maiores a gente pode trazer uma série de novos voos. E existe uma grande demanda”, lembrou Gilson.

O executivo pontuou outras demandas da indústria de óleo e gás. “Precisamos também de uma aduana especializada em óleo e gás, além de uma área onde a gente possa guardar equipamentos”, concluiu.

LEIA MAIS: Operação offshore continuará durante expansão do Aeroporto de Macaé

De acordo com a Zurich Airport Brasil, as obras do novo Aeroporto de Macaé estão previstas para serem inauguradas em 2023 e terá um investimento de R$ 160 milhões. Há a previsão da construção de um novo terminal, que seguirá o conceito de outros complexos aeroportuários da concessionária.

Dentre as melhorias anunciadas, está o acabamento de piso em granito de alta durabilidade, a instalação de mobiliários modernos, confortáveis e acessíveis, estruturas metálicas, com acabamentos em madeira e forros com acústica, possibilitando maior conforto nas áreas de permanência.

A empresa afirma, ainda, que o aeroporto será aprimorado para as operações offshore. Haverá integração e melhoria das áreas, com maior capacidade de pátio da região, mais conforto e mais serviços, como inspeção prioritária e atendimento VIP de embarque e check-ins exclusivos.

O projeto contempla também obras de extensão da atual pista, ampliando sua capacidade de receber aeronaves comerciais de grande porte.

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