Familiares, amigos e admiradores, se despediram emocionados nesta terça-feira (5) do fotógrafo Evandro Teixeira, um dos mais importantes fotojornalistas do país. Ele foi velado na Câmara Municipal no centro do Rio de Janeiro. Teixeira morreu nesta segunda-feira (4), na Clínica São Vicente, Gávea, zona sul da cidade. Segundo a instituição, a morte ocorreu por falência múltipla de órgãos, em decorrência de complicações de uma pneumonia.
Vários amigos e colegas de profissão estiveram na cerimônia, entre eles Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do presidente Lula.
Após o velório, Teixeira foi cremado no Cemitério do Caju. As cinzas dele serão levadas para Canudos, na Bahia. De acordo com a família, a decisão foi tomada por causa da relação de Teixeira com a cidade e seus habitantes que ele fotografou e eram descendentes dos sobreviventes da Guerra de Canudos (1896-1897).
Nascido na Bahia, em 1935, Evandro Teixeira deixou a cidade de Irajuba, para fotografar o Brasil. Com mais de 70 anos de carreira e inúmeras vezes premiado, Teixeira deixa uma obra na qual registrou momentos históricos do Brasil e do mundo, com destaque para a ditadura militar brasileira, além de documentar sobre a fome e a pobreza no país, bem como do Carnaval e de festas populares, e também o esporte.
Com mais de 150 mil fotos, suas obras integram coleções de instituições como o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Seu acervo reúne imagens icônicas de Pelé e Ayrton Senna. Entre seus projetos autorais, o grande destaque é o projeto sobre Canudos.
*Com Agência Brasil e Gov.br