No domingo (13/10), a Prefeitura de Macaé promoveu um concurso público para a área da Educação, organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O certame apresentou questões de cunho misógino, machista e preconceituoso, causando espanto entre candidatas e candidatos.
Uma das questões, já em seu enunciado, afirma: “Assinale a frase que não contém uma crítica ao fato de a mulher falar demais”.
O Sepe-RJ repudia a atuação da FGV, responsável pela elaboração das questões, bem como a Prefeitura de Macaé. Não podemos aceitar qualquer forma de violência contra as mulheres.
Ainda segundo o Sepe-RJ, é importante ressaltar a diferença entre “fato” e “opinião”. A fala machista de que “mulher fala demais” é uma das violências enfrentadas por mulheres em seu cotidiano. A tentativa de silenciá-las se manifesta em diversos espaços, pois a opressão patriarcal é resistente e muitas vezes não é reconhecida como um problema grave e estrutural.
A Prefeitura de Macaé informou em nota que “repudia qualquer conteúdo ofensivo nas questões de provas em concurso público no município. Vale ressaltar que, cumprindo a lisura do processo e os critérios de confidencialidade, as questões de prova não são aprovadas previamente pela prefeitura, sendo restritas à banca Examinadora contratada, a FGV. A Prefeitura de Macaé já solicitou posicionamento oficial do órgão”.