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São Pedro da Aldeia inicia projeto de identificação geográfica da Tainha

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A Prefeitura de São Pedro da Aldeia sediou reunião nesta quarta-feira, 30, que deu o pontapé inicial ao projeto da Associação de Pesca da Praia da Pitória, que vai garantir o selo de Identificação Geográfica (IG) ao pescado da tainha na Lagoa de Araruama. O selo em questão é do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A reunião do projeto tem base no edital lançado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). O selo visa garantir qualidade e procedência ao pescado da tainha no município. A prefeitura é representada pelas secretarias de Meio Ambiente e Pesca e de Agricultura, Abastecimento e Trabalho.

“A Prefeitura vem apoiando as ações na Associação da Praia da Pitória desde o começo, sempre à disposição firmando parcerias, como a doação da fábrica de gelo pelo Ministério da Agricultura e do caminhão isotérmico, que está para chegar para fazer o transporte do pescado, além de realizar o monitoramento da água da lagoa junto ao Inea e a própria participação no Comitê de Bacias Lagos São João. Tudo isso faz parte de um processo importante para que iniciativas como esta tenham melhor estrutura para se desenvolverem”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Mário Flávio Moreira.

“O papel da Secretaria de Agricultura é elaborar, junto com a Prefeitura, um sistema de inspeção para poder ajudar os pescadores, por meio de todos os mecanismos legislativos e de regulação, a conseguir esses selos para o peixe. Com isso, será possível comercializar o pescado não só no município como em todo o território nacional”, explicou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Trabalho, Thiago Ribeiro, acrescentando que a prefeitura se empenha em auxiliar os pescadores com o Selo de Inspeção Federal (SIF) e com o Sistema Brasilerio de Inspeção (SISBI), que certificam que o produto pode sedr comercializado em todo o Brasil.

Os representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), do SEBRAE, da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço, das associações e pescadores da Região uniram-se para avançar com o projeto da IG da Tainha. Foram direcionadas as tarefas que cada núcleo irá abarcar e novas reuniões serão marcadas para acompanhamento da evolução das atividades.

O projeto será encabeçado e financiado pela Embrapa com início no fim de agosto e os envolvidos terão um prazo de 24 meses para apresentar o trabalho final para conquistar o selo de IG.

Serão realizadas diversas etapas e estudos para garantir a qualidade diferenciada da Tainha da Lagoa de Araruama, com a justificativa que o peixe passa a ter um sabor único uma vez que vem do mar e passa a viver nas águas hipersalinas da laguna. A iniciativa para denominação de origem da Tainha da laguna é baseada inicialmente nos relatos de moradores e visitantes que afirmam o diferencial do sabor e textura. As análises buscam comprovar a qualidade diferenciada do peixe e vão estudar também se o mesmo acontece com outras espécies. A caracterização da Identificação Geográfica terá um padrão que precisará ser mantido, como acontece com a Bandeira Azul, por exemplo.

O peixe será rastreado com as informações de cada ponto de pesca da laguna, sendo realizado o mapeamento do corpo d’água e a análise com a coleta da água. O diagnóstico da pesca será realizado em parceria com a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ) e com as associações de pescadores do entorno da Lagoa de Araruama.

A economia local também será fomentada e os pescadores terão o incentivo a mais para formalizar a comercialização, pois peixe da IG precisa ser vendido com emissão de nota fiscal. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Pesca auxilia os profissionais a buscar a regularização.

A pesca da Região dos Lagos será beneficiada com ações que registram não só os dados, como a história. Profissionais de diversas instituições vão unir forças para realizar a estatística pesqueira e cartografia social.

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