Se engana quem pensa que Macaé não é uma cidade de peso nacional; a classe empresarial entendeu o quanto o município é importante à nível federal e promoveu um debate, nesta quarta (8), com a presença do Diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil (BCB), Bruno Serra, e do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) Roberto Ardenghy. Durante o encontro, os presentes tiveram uma apresentação da conjuntura econômica nacional e global.
A mesa diretiva do Repensar Macaé foi composta pelo Coordenador Municipal da Firjan Macaé, Gualter Scheles; pelo secretário de Estado de Governo, Chico Machado; o diretor do BCB Bruno Serra; e o presidente do IBP Roberto Ardenghy.
“Preciso dizer como é importante a classe empresarial caminhar junto com a classe política. Durante muito tempo os políticos e empresários não poderiam andar juntos. O Repensar Macaé trouxe organização para essa questão. Nós, políticos, às vezes temos ações que precisam ser feitas, mas que precisam ter uma visão empresarial e nos mostre o caminho para que não cometamos erros”, pontuou o secretário de Estado de Governo e deputado estadual licenciado Chico Machado. Outro parlamentar também esteve presente: Nilton César, presidente da Câmara de Macaé.
A política macroeconômica foi abordada pelo diretor do Banco Central do Brasil, que fez uma análise da atual conjuntura econômica e falou das medidas adotadas pelo órgão, que é politicamente independente desde 2021.
“O Bruno Serra tem experiência de política macroeconômica, do Banco Central do Brasil, de contenção da inflação, e a gente sabe que para o setor de óleo e gás andar, ele precisa de uma economia sólida, firme, sem inflação, com expectativa de crescimento. Eu entendo que os dois temas convergem para o crescimento do setor, da economia e da nossa região”, disse Gualter Scheles.
O futuro do petróleo – A economia do petróleo é a principal matriz de Macaé, que está na vanguarda de um segundo momento do ramo: o de descarbonização do óleo e gás. E o polo do conhecimento da indústria petrolífera é o município.
“Macaé é o repositório da inteligência do petróleo no Brasil. A cidade tem mais de 40 anos de experiência na produção da principal bacia sedimentar brasileira, a Bacia de Campos. E, agora, com o Pre-Sal na Bacia de Santos, o conhecimento foi potencializado. A expertise da indústria de óleo e gás está em Macaé”, analisou o presidente do IBP.
Para Roberto Ardenghy, Macaé estará na vanguarda da discussão da descarbonização. “O potencial para reinventar essa indústria e descarbonizar a produção para entregarmos um petróleo mais eficiente e descarbonizado – e com maior qualidade para o Brasil e para o mundo – está aqui. Macaé, sem dúvidas, pode protagonizar essa discussão para os próximos anos”, acredita.