O Porto do Açu ganhou, nesta quinta (30), a sua primeira usina termelétrica à gás natural, a UTE GNA I, com capacidade para atender até seis milhões de residências. Mas não para por aí; durante a cerimônia de inauguração, já foi anunciada a construção de uma segunda termelétrica, que será a maior do país.
De acordo com o diretor-presidente da Gás Natural Açu (GNA), Bernardo Perseke, a nova usina terá mais de R$ 5 bilhões de investimentos. Estão previstos, ainda, a geração de mais de 5,5 mil empregos diretos no pico da construção, com prioridade para a mão de obra local.
“Anuncio o início das obras da GNA 2, que vai gerar 1.700 MW. As duas usinas, serão juntas, o maior complexo de gás da América Latina, suficiente para abastecer 14 milhões de residências”, disse o diretor-presidente da GNA, Bernardo Perseke.
Juntas, a UTE GNA I e a UTE GNA II terão 3 GW de capacidade instalada, o que equivale ao consumo dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. “Colocar em prática um projeto como a GNA I, no tempo que fizemos, demandou intensa articulação nas esferas federal, estadual e municipal. Conseguimos estabelecer uma relação de confiança com vários agentes, que entenderam a importância deste projeto”, agradeceu Perseke.
Com o início das operações, a UTE GNA I se torna a maior usina à gás natural em operação no Sudeste e segunda maior do Brasil. A capacidade instalada da termelétrica é de 1.338 MW, o que pode abastecer até 6 milhões de residências. Foram aproximadamente R$ 5 bilhões de investimento durante a instalação, com 12 mil empregos gerados ao longo das obras.
Com operação em ciclo combinado, a UTE conta com, aproximadamente, 30% de eficiência energética. Isso resulta em menor consumo de gás e menor emissão energética, garantindo o fornecimento de energia elétrica de base estável e segura, de forma a complementar a expansão de fontes renováveis do país.
“O desenvolvimento estratégico do hub de gás no Porto do Açu já está atraindo indústrias de uso intensivo de gás que irão utilizar a retroárea do porto e possibilitar a reindustrialização do estado. Além disso, possibilita a aceleração de projetos de energia renovável e de baixo carbono que pretendemos atrair para o Rio de Janeiro nos próximos anos”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Vinicius Farah.
Segundo a GNA, ainda está em licenciamento mais uma fase da expansão, que deve contemplar gasodutos terrestres e uma unidade de processamento de gás natural (UPGN). “O Porto do Açu é o maior empreendimento do país para os próximos anos, não só um empreendimento portuário, ou simplesmente de óleo e gás”, destacou o governador Cláudio Castro.
“É um empreendimento que vai fazer o Rio, definitivamente, entrar como protagonista em logística, além de ter um papel ainda mais importante nas exportações”, destacou Castro.
Participaram da inauguração, também, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, além de outras autoridades. Uma delas foi a deputada federal Clarissa Garotinho (PROS), membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Para ela, a UTE GNA I cumpre um papel de diversificar a matriz energética no estado.
Foto; Leonardo Berenger / Divulgação GovRJ Foto Leonardo Berenger / Divulgação GovRJ Foto Leonardo Berenger / Divulgação GovRJ
“Entendemos que esses investimentos são fundamentais para diversificar nossa matriz energética. O Brasil, durante muitas décadas, apostou nas hidrelétricas e, hoje, diante do baixo nível dos reservatórios, a gente vê um grande desafio para o país. Essa diversificação é fundamental”, concluiu a parlamentar.
Maior complexo porto-indústria de águas profundas da América Latina e com localização estratégica, o Açu possibilitará a expansão nos próximos anos do hub de gás e energia do Estado do Rio e do Brasil a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre os setores de gás, elétrico e industrial.