Instituições do movimento Repensar Macaé debateram, nesta terça (03), a necessidade de mais investimentos na estrutura rodoviária da cidade. Para as associações que participaram da reunião, esse é um dos pilares fundamentais para a sequência do desenvolvimento da cidade. As reivindicações debatidas serão expostas ao governador do Estado do Rio de Janeiro Cláudio Castro, que visitará o município nesta quinta (04).
Para o grupo, alguns eixos viários da cidade precisam ser desenvolvidos para melhor atender os empreendimentos que estão se instalando na cidade. Um desses eixos é a Estrada de Santa Tereza, que liga a zona industrial da cidade com a RJ-168.
“Essa estrada já está projetada e já teve suas obras iniciadas. Existia um convênio entre o estado e município, mas uma série de imbróglios travaram a execução das obras, que estão paradas”, lembrou Adail Costa Jr, Diretor Social/Institucional da Associação Macaense dos Contabilistas (AMACON).
Para Gualter Scheles, coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, a Estrada de Santa Tereza vai melhorar o tráfego de caminhões na cidade. “Vai se criar um circuito viário e que vai melhorar o tráfego de cargas. Ou seja: caminhões não vão mais precisar passar por dentro da cidade. Isso melhora também a mobilidade urbana de um modo geral”, destacou.
“Com o incremento das atividades de óleo e gás (que já está ocorrendo) e das termelétricas, precisamos de uma estrutura viária mais robusta e isso passa, necessariamente, por Santa Tereza. A importância dessa estrada é muito grande”, comentou Gualter.
A duplicação das RJ-168 e RJ-106 também foi pauta, já que essas duas rodovias fechariam um arco viário na cidade. “Essa estrutura viária é uma necessidade para atender os grandes investimentos que estão chegando à cidade – termelétricas, porto, empresas que estão vindo atender os campos maduros, exploração do Pré-Sal na Bacia de Campos”, pontuou Adail.
Outra preocupação do grupo é com a BR-101. Vale lembrar que a atual concessionária, a Arteris Fluminense, já demonstrou interesse em devolver a concessão ao Governo Federal. “Além das obras que não são concluídas, tem o viés da própria segurança viária. Acidentes graves são frequentes ali”, apontou. “Falta segurança com a não duplicação, dado o número de veículos que a gente tem passando por ali”, completou.
Na visão do movimento Repensar Macaé, a falta da infraestrutura necessária pode atrapalhar a instalação dos empreendimentos que colocarão a cidade em outro patamar de desenvolvimento. “Não sei se chegam a atravancar, mas atrapalha. Se não há uma mobilidade que funcione adequadamente, gera-se transtorno, dificuldade, desperdício de tempo, e atrapalha muito. Ter uma estrutura logística boa, que funcionem bem, facilita e barateia qualquer atividade econômica”, disse Gualter.
“Nas termelétricas, por exemplo, temos uma demanda de equipamentos grandes vindo para a cidade, e que demandam boas estradas para a chegada desses equipamentos. O Porto, até ficar pronto, vai levar um tempo. É necessário uma estrutura viária condizente para tal”, concluiu o Diretor Social/Institucional da AMACON.