Rodoviários de Araruama receberam, nesta terça-feira (1º), a primeira dose da vacina contra o Covid-19, em uma ação que visa impedir a proliferação da pandemia no transporte público.
Em uma iniciativa da Prefeitura de Araruama, que atendeu à reivindicação do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), 86 motoristas da empresa Montes Brancos, que opera na cidade, foram imunizados. Outros profissionais da mesma companhia já haviam sido imunizados pela idade ou por comorbidades.
O Sintronac está dialogando com a Prefeitura de Cabo Frio para que aquele município também vacine os rodoviários que trabalham na cidade e integram um universo de 180 motoristas efetivos. Em toda a base do Sindicato, que compreende 13 municípios, 61 rodoviários morreram em consequência da doença desde o início da pandemia.
Em Araruama, a vacinação ocorreu na Praça Menino João Hélio, no Centro. O presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira, ressalta que os rodoviários devem ficar atentos, pois a segunda dose do imunizante é fundamental para o controle da disseminação da doença.
“Lutamos muito por essa vacinação. Araruama deu um exemplo ao estado do Rio de Janeiro. Portanto, é fundamental que os companheiros retornem na data marcada para a segunda dose”, destaca ele.
No dia 3 de maio, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a vacinação dos rodoviários, que já estava sendo realizada no Rio de Janeiro e em Niterói. No entanto, Olinda, em Pernambuco, vacinou, dia 31 de maio, 575 motoristas e cobradores. A imunização da categoria como grupo prioritário está prevista no Plano Nacional de Imunização (PNI).
“As cidades que vacinam os rodoviários estão seguindo o Plano Nacional de Imunização estabelecido pelo Ministério da Saúde. Não estão agindo ilegalmente, mas ajudando uma categoria, que está na linha de frente da doença, transportando milhões de profissionais diariamente, inclusive o pessoal da Saúde, que foi o primeiro grupo a receber os imunizantes. Mas eles também transportam os doentes do coronavírus e estão completamente desprotegidos contra a doença”, reforça Rubens Oliveira.