Um episódio de violência chocou moradores e turistas na madrugada deste domingo (20), em Búzios, na Região dos Lagos. O estudante de medicina Victor Gonçalves, sobrinho do proprietário da joalheria Casa do Ouro, de Cabo Frio, foi preso em flagrante após assassinar a facadas um segurança na Orla Bardot.
De acordo com relatos de testemunhas e informações divulgadas pelo Portal Procurados, Victor pilotava uma moto de alta cilindrada pela orla, realizando manobras perigosas e estourando o escapamento em meio aos pedestres. O barulho e o comportamento imprudente do jovem incomodaram frequentadores e funcionários de uma casa noturna nas proximidades.
Ao ser abordado pelo segurança Carlos Alberto Machado Ribeiro, de 59 anos, que pediu para que cessasse as manobras por respeito ao público, o estudante teria se sentido ofendido após receber um tapa no capacete. Ele deixou o local momentaneamente, mas retornou cerca de dez minutos depois, desta vez armado com um canivete.
Sem dar chances de defesa, desferiu três golpes no segurança, sendo um deles no pescoço, considerado o ferimento fatal. Mesmo gravemente ferido, a vítima conseguiu imobilizar o agressor até a chegada de uma equipe da Polícia Militar do 25º BPM, que efetuou a prisão em flagrante.
Carlos Alberto foi socorrido e levado ao Hospital Rodolpho Perissé, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Cabo Frio.
Victor Gonçalves foi conduzido à 127ª DP (Búzios), onde foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil. A investigação segue em andamento. A polícia está analisando imagens de câmeras de segurança da região e colhendo depoimentos para esclarecer todos os detalhes do crime.
O caso provocou grande comoção nas redes sociais, principalmente pelo perfil do acusado, que pertence a uma família influente da Região dos Lagos. Victor é filho de um empresário dono de uma pousada em Búzios conhecida por hospedar artistas e personalidades. A população expressa revolta diante da brutalidade do crime e teme pela impunidade em razão do poder econômico da família.
