A deputada estadual Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha, foi denunciada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), de integrar a milícia junto com sua ex-assessora parlamentar, Ariane Afonso Lima.
A milícia seria conhecida como “Bonde do Zinho”, “Tropa do Z” ou “Família Braga”, chefiada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. E a deputada e sua assessora, de acordo com as investigações, faziam parte do núcleo político da organização criminosa.
A denúncia foi subscrita pelo Procurador-Geral de Justiça, Luciano Mattos, através de informações da operação “Dinastia I”. Segundo o MPRJ a milícia era composta por vários núcleos e entre eles o financeiro (destinado à lavagem de capitais obtidos com as práticas criminosas) e o núcleo político. Esse último integrado por Lucinha e Ariane e cuja função era a defesa dos interesses dos criminosos junto ao Poder Público.
“Em múltiplos episódios, constata-se a clara interferência das denunciadas na esfera política, junto a autoridades policiais e políticas, ora para favorecer os interesses da organização criminosa, ora para blindá-la das iniciativas estatais de combate ao grupo e ora para livrá-los de ações policiais, garantindo a impunidade dos seus integrantes”, relata um dos trechos da denúncia.
Lucinha e Ariane vão responder pelo artigo 288-A do Código Penal que trata do crime de constituição de milícia privada e cuja pena pode variar de 5 a 10 anos de prisão e multa, além da perda da função pública.
A parlamentar foi procurada pela reportagem mas até a publicação da matéria não deu retorno.
