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Comida afro será incluída na alimentação escolar em Macaé

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Quando os estudantes da rede pública municipal de ensino de Macaé começarem às aulas, em fevereiro, vão ter uma novidade no cardápio das refeições diárias: pratos que fazem referência às alimemtações dos povos originários. A iniciativa faz parte do projeto Nutriafro, aprovado pela Câmara Municipal no ano passado e sancionado pelo prefeito Welberth Rezende.

Pela lei, a inclusão do novo cardápio na alimentação escolar será obrigatória em todas as unidades da rede. São gêneros alimentícios dos povos africanos e indígenas. O objetivo é fomentar políticas afirmativas das relações étnico-raciais no âmbito escolar.

A Coordenadoria de Nutrição da Secretaria Municipal de Educação ficará responsável pela elaboração e acompanhamento dos cardápios. Conforme previsão legal, cada escola municipal deverá incluir a temática das culinárias africana e indígena em seu projeto político pedagógico e promover ações que estabeleçam um diálogo permanente com toda a comunidade escolar sobre a construção de uma escola antirracista. As Secretarias de Educação e de Políticas de Igualdade Racial do Município devem promover a regulamentação da lei.

As sugestões de refeições a serem servidas são: moela com batata; galinha com angu, taioba ou almeirão; galinha com quiabo ou aipim; canjiquinha, feijoada, taioba, guandu, farofa de açafrão e colorau, quibebe de abóbora, moqueca de peixe e pirão e purê de inhame. Tudo com um toque de pimenta, ervas silvestres e azeite de dendê. Na lista também estão; canjica, pamonha, papa, pão de milho, angu, mingau de tapioca, paçoca de amendoim e frutas como melancia, vários tipos de bananas, coco, cupuaçu, açaí, guaraná, pitanga e maracujá.

O “NutriAfro” foi implementado no ano letivo de 2023 e é uma das ferramentas para a implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam da obrigatoriedade do estudo da História Afro-Brasileira e Indígena. O projeto foi desenvolvido em parceria com as nutricionistas da empresa fornecedora de merenda escolar. O cardápio é distribuído previamente nas escolas, para que o professor possa preparar aulas abordando temas referentes a estas duas culturas.

Além do projeto, a rede municipal de ensino conta com caderno de orientação da educação antirracista, rodas de conversas, encontros de formação destinados aos temas das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

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