A Polícia Federal do Rio de Janeiro deflagrou nesta sexta-feira, 20, a Operação Déjà Vu”, visando desmantelar esquemas de corrupção envolvendo agentes da Polícia Civil na cidade do Rio de Janeiro e em Araruama. De acordo com as investigações, pelo menos quatro agentes desviaram parte de uma apreensão em cocaína e a venderam. Além disso, apreenderam malote de dinheiro de delegado que atuou em Araruama, Arraial do Cabo e Cabo Frio.
A operação foi realizada após a prisão de quatro policiais que foram detidos por receber propina para liberar caminhão com maconha na Delegacia de Repressão a Furtos de Cargas (DRFC). A Operação Déjà Vu apura também crimes de peculato e organização criminosa praticados pelos agentes, incluindo um delegado de polícia.
Segundo a PF, as investigações apontam os envolvidos traficaram cerca de 280 kg de cocaína de uma quantidade de 500 kg da droga que tinham sido apreendidos.
Ao todo, 8 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Rio e em Araruama. A 5ª Vara Federal Criminal do Rio determinou o afastamento dos policiais de suas funções, além de autorizar o monitoramento por tornozeleira eletrônica e o sequestro de R$ 5 milhões em bens dos investigados.
As investigações foram realizadas pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas da PF (DRE/PF/RJ) em conjunto com Ministério Público Federal (MPF). A Receita Federal também participou na análise dos dados decorrentes do afastamento do sigilo fiscal dos investigados.
Para o cumprimento dos mandados, na data de hoje, a PF teve o apoio da Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ).
“O nome da operação Déjà Vu é a sensação de já ter visto ou vivido uma situação que está acontecendo no presente. A expressão francesa significa ‘já visto’”, concluiu a PF.