O presidente da Associação de Hotéis e Turismo de Cabo Frio, Carlos Cunha, protocolou nesta terça-feira, 22, na sede da prefeitura e na Câmara Municipal, um documento com lista de problemas e soluções no setor na cidade. O segmento pede providências ao poder público, diante da proximidade do verão, quando começa a alta temporada e a vinda de milhares de turistas.
O documento é um manifesto intitulado “Pró Turismo” e foi elaborado em conjunto por empresários e guias de turismo. Visa sensibilizar o poder público para que medidas sejam tomadas em caráter de urgência, garantindo condições para que a cidade esteja preparada para receber os turistas durante a próxima alta temporada. O manifesto é assinado por quase 200 pessoas, entre profissionais do setor e populares preocupado com o turismo. Sugere ainda soluções para estas questões.
Segundo Carlos Cunha, o documento seria entregue nas mãos da prefeita Magdala Furtado, mas, esta cancelou três vezes as agendas com os representantes da Associação. Então, a direção da entidade protocolou o manifesto na Câmara e na prefeitura.
No documento, o setor pede obras estruturais necessárias, cobra regras claras e comunicação dos decretos que limitam o uso de ônibus de turismo na cidade; busca garantias da realização dos eventos do calendário oficial de Cabo Frio; e pede a divulgação do planejamento para o verão.
“Vamos ter nesse final de semana o Festival Gastronômico no Peró, até ontem o evento constava no calendário da cidade, mas não havia menção a ele nas redes sociais oficiais da prefeitura. Ele não está confirmado ? Não devemos divulgar aos hospedes? Essas são algumas das questões cotidianas que vivemos. Não vendemos pão, o turista se programa para viajar, e de ter acesso com antecedência as informações turísticas daquela cidade”, esclarece Carlos Cunha.
Atualmente os associados da Associação de Hotéis e Turismo de Cabo Frio empregam aproximadamente mil profissionais do setor. O trade turístico é responsável por gerar emprego e renda para diversas outras famílias, pois incluem os empregos ofertados nos bares, restaurantes, lanchonetes e comércio em geral, além da movimentação financeira de artistas e artesões locais de forma direta, e ainda empregos de forma indireta.
“Cabo Frio é uma cidade turística, e como tal todas as empresas que aqui estão instaladas dependem do turismo. O dinheiro gerado pela atividade turística é diretamente injetado na cidade. O turismo continua sendo colocado de lado como se ele fosse uma pasta com menor importância para a estrutura do município, quando na verdade ele é o principal gerador de emprego e renda. Hoje Cabo Frio é extremamente dependente dos royalties do petróleo, mas sabemos que este é finito. Porém, o turismo, se bem trabalhado, é infinito. É nossa única indústria”, ressalta o presidente da Associação Carlos Cunha.
Eis alguns pontos do manifesto:
A visível falta de investimentos em infraestrutura turística da cidade, evidenciada pelo estado precário em que se encontram a maioria dos pontos turísticos, e a qualidade das vias de acesso e circulação (dentre outros);
A demora nas reformas dos principais pontos turísticos da cidade, como por exemplo do calçadão da Praia do Forte; da Praça das Águas; do Mirante do Arpoador; das calçadas do Boulevard Canal; do Mirante do Morro da Guia; da Rua dos Biquinis; e do calçadão da Praia do Peró;
A péssima estrutura do Terminal de Ônibus de Turismo e do Terminal Rodoviário, porta de entrada de muitos turistas que visitam nossa cidade;
As constantes mudanças sem prévio aviso das regras de acesso dos ônibus deA excursão a se hospedarem nos meios de hospedagem regularizados da cidade;
A falta de um Calendário de Eventos robusto, confiável e atrativo, que o trade turístico possa utilizar para atrair turistas ao município; entre outros.
A prefeitura ainda não se manifestou sobre o assunto, mas, em seu site já há uma matéria divulgando o Festival Gastronômico do Peró.
