Para marcar o Dia Nacional do Diabetes, nesta segunda-feira, 26,, a Gerência de Nutrição e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, realizou ação educativa na área externa da Casa da Criança, no Centro de Macaé, chamando a atenção das pessoas para a importância de se prevenir e tratar a doença. Houve teste gratuito de glicemia e mesa temática mostrando os alimentos saudáveis e os não saudáveis de forma interativa e como substituí-los, além da distribuição de panfletos com informações e riscos da doença.
A ação foi voltada para todas as pessoas, com ênfase ao público infanto-juvenil. João Pedro Pinheiro Portugal, 14 anos, do Bairro Glória, foi o primeiro a fazer o hemoglicoteste (método de medição do nível de glicose no sangue) e saiu feliz com o resultado. Ele estava acompanhado da mãe, Leandra Pinheiro, que foi ao local para um compromisso agendado e, como viu a ação, resolveu falar com o filho para fazer o teste.
“Tenho histórico familiar de diabéticos e me cuido muito com alimentação saudável, evitando açúcar já há uns anos, e quero que o meu filho siga o mesmo caminho de cuidado contra essa doença”, observou Leandra.
O diretor da Casa da Criança, Pablo Fontes, informou que a ação é importante para alertar a população e, principalmente, os pais para que observem os filhos, uma vez que, segundo ele, aumentou o número de crianças com diabetes e atendidas por endocrinologistas.
“Os pais devem fazer os testes em seus filhos, levar ao pediatra ou nutricionista e prestar atenção no comportamento da criança para identificar os primeiros sintomas do diabetes. As escolas têm contribuído sinalizando aos pais qualquer alteração nos alunos e orientando para que procurem atendimento”, disse Fontes.
A ação foi realizada em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estácio de Sá através dos cursos de Enfermagem e Nutrição. A professora do projeto de Pesquisa e Extensão de Enfermagem da UFRJ, Gláucia Formozo, lembrou que diabetes é uma doença crônica silenciosa que acomete pessoas de todas as idades e sexo, mas não é transmissível. As causas da doença são genética, falta de atividade física e má alimentação.
“O ideal é ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regulares e procurar o médico para prevenção, diagnóstico correto e tratamento”, enfatizou a professora.
O evento contou, ainda, com roda de conversa e orientações sobre o diabetes. “É uma ação de promoção da saúde”, disse a coordenadora do Programa de Doença Falciforme, da Atenção Básica, enfermeira Juliana Nunes, que organizou a programação junto com a equipe da Gerência de Saúde.
De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), mais de 1 milhão de crianças e adolescentes apresentam diabetes tipo 1. O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões.