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Nova concessão do Aeroporto Internacional de Cabo Frio causa preocupação no trade turístico

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O edital de concessão do Aeroporto Internacional de Cabo Frio, que definirá a empresa gestora do equipamento nos próximos 26 anos, está deixando o trade turístico preocupado. De acordo com entidades do setor, a principal interessada em administrar o aeroporto está prestando consultoria para a Prefeitura na montagem do certame e tem, como foco, a operação offshore.

“O edital está sendo redigido com o auxílio de outra empresa que tem o interesse de administrar o aeroporto. Ou seja, uma futura concorrente está ditando as regras dos requisitos que todos deverão seguir. Esta prática não é ilegal, porém, no mínimo é imoral e fere o princípio de transparência e imparcialidade que deve reger a esfera pública”, denunciou Carlos Cunha, presidente da Associação de Hotéis de Cabo Frio.

Carlos destaca que o atual edital tem foco principal nas atividades offshore. Entretanto, o setor turístico acredita que o Aeroporto Internacional de Cabo Frio tem a necessidade de voos comerciais para o futuro do turismo do município, que é categoria A no Mapa do Turismo Brasileiro.

“Ao longo do ano, diversas tentativas de aumentar o número de voos foram realizadas. Precisamos, com urgência, de voos regulares de Belo Horizonte, São Paulo, Campinas, Buenos Aires e outros destinos emissores. Necessitamos não só da constância e manutenção destes voos, mas também de tarifa competitiva”, acredita Carlos.

Voo oriundo de Belo Horizonte/MG pousa no Aeroporto Internacional de Cabo Frio | Foto: Divulgação / PMCF

Vale destacar que o Aeroporto Internacional de Cabo Frio possui a segunda maior pista do Estado do Rio de Janeiro, perdendo apenas para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), que fica na capital do estado. Também é importante relembrar que, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, todos os materiais esportivos utilizados pelas mais diversas seleções mundiais chegaram ao Rio por meio do aeroporto cabofriense. Também foi no aeroporto de Cabo Frio que o segundo maior cargueiro do mundo, o Antonov, pousou.

“Se nós pegarmos o aeroporto, que para ser internacional tem uma Alfândega, um posto da Polícia Federal, todos os aparatos para que receba os voos internacionais, e colocarmos apenas para voos offshore, por si só já inviabiliza o próprio aeroporto de outras ações”, destacou o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Turismo (CONDETUR) da Região Costa do Sol, Marco Navega.

O presidente do Condetur frisou que o turismo tem, no Aeroporto Internacional de Cabo Frio, um vetor fundamental de geração de fluxo turístico. “Quem vier operar o aeroporto não pode abominar o uso dessa parte comercial internacional. Para nós, que trabalhamos no turismo, o Aeroporto Internacional de Cabo Frio é essencial”, disse.

“Nós temos que sentar todos em uma mesa – poder público e iniciativa privada dos municípios turísticos, não só da Costa do Sol – e fazer um trabalho de estruturação para trazer companhias aéreas a fim de atrair voos de mercados próximos (Argentina, Paraguai, Uruguai, por exemplo) para o aeroporto a fim de fomentar o turismo em toda a região”, completou Navega.

Procurada, a Prefeitura de Cabo Frio não respondeu aos questionamentos do ErreJota Notícias – Costa do Sol até o fechamento dessa reportagem. Caso o Município se pronuncie, o posicionamento será acrescentado nesse texto.

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