“Câncer de mama: Diversos olhares”. Este foi o tema do “Dia Laranja: Encontro Multidisciplinar”, realizado na tarde desta segunda-feira (17), no auditório do Centro Integrado de Administração da Saúde (Cias). A programação, que faz parte do Outubro Rosa, foi direcionada a servidores e universitários dos cursos de Medicina e Enfermagem. O objetivo foi destacar a importância de levar acolhimento, sensibilidade e olhar humanizado no atendimento ao paciente que recebe diagnóstico de câncer de mama. A programação contou com palestras que tratam de direitos, saúde mental e depoimentos. A próxima ação será na na sede do CriaSana, em data ainda a ser definida, com parceria da Secretaria de Políticas para Mulheres.
“Temos que continuar com este olhar humanizado e diferenciado quanto aos cuidados com a saúde da mulher. O objetivo é permitir que a saúde seja plena. Que outras programações de ‘Outubro Rosa’ aconteçam para que possamos cada vez mais primar pela saúde da mulher. Para o próximo ano, a previsão é ampliar os atendimentos dedicados à mulher. Agradecemos a toda equipe da Saúde por este olhar. Agradeço a parceria com Marilena Garcia, que mostra força e luta diante do câncer”, ressalta Renata Louredo, Coordenadora do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
Renata ressaltou que a Semana do Outubro Rosa é marcada por diversas atividades. “Já promovemos ação para população e agora para servidores, como enfermeiros, médicos e acadêmicos dos cursos de Medicina e Enfermagem do campus Macaé da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estácio de Sá. Firmamos parceria com a Unamama, que através da fundadora, Marilena Garcia. A proposta é destacar o acolhimento diferenciado e maior sensibilidade do servidor na abordagem ao paciente que recebe o diagnóstico. Sabemos que 95% dos diagnósticos precoces têm cura. Nunca podemos deixar de estimular a medicina preventiva e o cuidado. Humanizar e acolher são virtudes na área da saúde”, pontuou.
A programação foi iniciada pelo depoimento da convidada da Unamama, a professora Margarida Maria Barcelos, que emocionou os participantes ao citar um trecho de “Contos de amor rasga” de Marina Colasanti e o seu olhar enquanto paciente do câncer de mama, descoberto em 2021. “Tive um susto em 2021 ao me tocar. Já tive três nódulos, mas negativos, e dessa vez o susto com carcinoma. Foram meses intensos que mexeram com o físico e a alma. Agradeço aos médicos e à minha rede de apoio. Fiz minha cirurgia e agora faço hormonioterapia. Descobrir um câncer é doloroso, mas temos que realmente lutar”, avaliou. Já a voluntária da Unamama, Waleska Freire, esclareceu aos presentes o funcionamento da iniciativa, atendimento e a realização da campanha permanente “Se toca, o ano todo é rosa”.