Protagonismo, reconhecimento, ancestralidade, história, luta e política antirracista marcaram as discussões no I Simpósio de História e Cultura Afro Brasileira nas Escolas, realizado neste 13 de maio, em que o povo negro celebra a sua ancestralidade. O evento foi promovido pelo Programa de História Cultura Afro-Brasileira e Indígena da Secretaria de Educação, e teve o auditório Cláudio Ulpiano, na Cidade Universitária lotado.
A coordenadora do Programa de História Cultura Afro-Brasileira e Indígena, Kátia Magalhães, ressaltou que a data deve ser rememorada. “Quando aconteceu a Abolição, quase 80% dos negros estavam livres. Livres, como? Resistindo, ressignificando aquela dita liberdade. Estamos falando de resistir aos direitos que não são iguais. Existiu uma política perversa para que o negro fosse excluído dessa sociedade. Nos negaram a nossa história, até chegar a Lei 10.639 que torna obrigatória o estudo da Cultura Afro-Brasileira em todo âmbito nacional. Precisamos ter essa história reconhecida, falar da nossa origem, riqueza cultural porque a nossa sala de aula é pluriétnica e pluricultural”, pontuou.
Durante a sua participação no evento, a secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Zoraia Braz Sobrinho Dias também apontou a educação antirracista como uma ferramenta de libertação, no sentido de se libertar de alguns preconceitos.
Na oportunidade, ela apresentou alguns programas que serão desenvolvidos em parceria com a Secretaria de Educação, voltados para os alunos e todo corpo pedagógico. Além das discussões sobre a temática do evento, foi realizada oficina de Abayomi, roda e oficina de capoeira.