Pelo menos 10 pontos de ônibus do município de Rio das Ostras se transformaram num verdadeiro painel cultural. A espera pelo transporte coletivo ficou muito charmosa com a intervenção do artista plástico de StreetArt, Luz Maia.
Com o objetivo de inserir a ação nas ruas de forma impactante e propor reflexões sobre a cultura local e suas relações com o meio ambiente, a intervenção artística, com a técnica do Lambe Lambe, foi gravada em vários pontos de ônibus dando visibilidade para a arte fora dos espaços tradicionais.
Os pontos estão localizados por toda extensão da rodovia RJ-106, que receberam intervenções do artista inspiradas na fauna e flora marinha do município.
Todos os painéis confeccionados receberam legenda com identificação científica das espécies retratadas, contribuindo para conscientização da importância de preservar o bioma local, que é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação próximos e que podem ser identificados em nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes.
De acordo com Luz Maia, dentre os objetivos do projeto estão o combate à poluição visual presente nos painéis dos pontos de ônibus da cidade, por intermédio da revitalização e a tentativa de inibir práticas de pichações no espaço público, por meio da arte urbana.
“A ideia é utilizar da intervenção visual para a transformação estética dos pontos de ônibus, aproximando a arte do Lambe Lambe da população que transita pelo Centro. Este contato diário facilita a democratização do acesso às artes em geral e protege os espaços de pichações e degradações. Atualmente, estes espaços estão degradados, com muitos cartazes colados já rasgados, gerando muita poluição visual em lugares com grande movimento de pessoas diariamente. Também é uma forma de facilitar o acesso à produção artística local, contribuir com a identidade artística e cultural da cidade e provocar discussão ou reflexão, fazendo com que as pessoas que passam pelos pontos tirem alguns minutos das suas rotinas para questionarem, criticarem, refletirem ou contemplarem as artes”, explicou Luiz Maia.