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Tratamento de doenças com cannabis medicinal é debatido na Câmara de Macaé

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A Câmara de Macaé recebeu nesta quarta-feira (24) representantes da Associação de Apoio e Acesso a Cannabis Medicinal em Macaé, denominada Acolher Macaé. O atendimento foi a pedido do vereador Edson Chiquini (PSD).

O medicamento natural também vem sendo usado no tratamento de doenças como fibromialgia, artrite reumatoide, doença de Crohn, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, câncer e outros.

De acordo com a presidente da Acolher Macaé, Denise Fogel, o desafio é divulgar os benefícios do canabidiol, superar o preconceito por conta do uso recreativo da maconha e dar acesso ao medicamento a todos que necessitam.

Segundo Denise, desde o início do tratamento com a cannabis, sua filha vem apresentando progresso motor e cognitivo, o que a levou a recorrer à Justiça e obter autorização para o cultivo da planta e produção do óleo full spectrum. Desde então, diversas famílias a procuram pedindo ajuda.

“A partir daí, formalizamos a Acolher Macaé e estamos em busca de apoio para que a associação possa produzir e fornecer o oléo de cannabis medicinal para quem tanto precisa”, explicou.  

A pediatra e neuropsiquiatra Naly Soares de Almeida que é uma das médicas que prescreve o medicamento na cidade, diz que a cannabis é potentíssima no tratamento de diversos tipos de enfermidades. Conforme explicou a médica, o canabidiol (princípio ativo da planta) já é comercializado no Brasil, mas custa de R$ 1 a 2 mil o vidro. Já o óleo full spectrum da cannabis age de forma mais ampla e pode ser obtido nas associações de outros estados por R$ 150 a R$300. Entretanto, neste caso, ainda há o custo do frete, que aumenta o preço. “Se o medicamento puder ser produzido em Macaé, não haverá frete e o valor pode ser ainda menor”.

Apoio para a produção local

Para produzir o óleo em Macaé de forma pioneira, a Associação precisa da parceria com uma universidade que faça a análise do mesmo e de um laboratório para a fabricação do medicamento, além de frascos e diluentes de boa qualidade. A presidente da Acolher pediu ajuda aos vereadores para levar o projeto adiante e, assim, oferecer cura e alívio a tantas famílias. “Quem puder nos ajudar ou quiser informações sobre o uso medicinal da cannabis, pode fazer contato conosco pelo telefone (22) 99203-3338 ou pelo site https://acolhermacae.org.br/“, informou Fogel.

Vereadores apoiam a causa

Além de Chiquini, que propôs este momento no Grande Expediente, diversos vereadores se manifestaram em apoio ao trabalho da Acolher Macaé. O presidente Cesinha (Pros) foi um deles, assim como o Pastor Luiz Matos (Republicanos), Reginaldo do Hospital (Podemos), Amaro Luiz (PRTB) e Iza Vicente (Rede). “O preconceito vem da desinformação. Precisamos pensar também na regulamentação federal do uso da cannabis medicinal”, acrescentou Iza.

Professor Michel (Patriota) lembrou que o título de utilidade pública pode viabilizar, no futuro, que a associação receba algum subsídio municipal. Rafael Amorim (PDT) sugeriu articular junto ao Conselho da Criança e do Adolescente o reconhecimento de que o acesso ao medicamento é também um direito à saúde da criança e do Adolescente, conforme previsto no ECA.

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